Dr. Massacre

Narração: 01

O dia começava deveras agradável na cidade de Musutafu, no Japão. Haviam poucas nuvens no céu e a luz solar deixava a temperatura em torno dos 20 a 27ºC, a cidade estava bastante agitada no momento, era feriado, as pessoas andavam pelas ruas com os mais diversos objetivos.

Todos pareciam contentes, não havia o que temer no momento, os heróis estariam trabalhando em dobro para conseguir manter a ordem e a paz naquele dia tão animado...Entretanto, mesmo com a proteção duplicada, bandidos e vilões não perderiam a chance de causar qualquer ação criminosa na oportunidade que tivessem - causando terror e saciando seus vícios - aquilo era algo extremamente comum ainda mais por tratar-se de uma sociedade sobre-humana.

Contudo...em meio a essa população, alguém destacava-se silenciosamente dos demais, ou melhor, um ciborgue andava desapercebido pelos habitantes da cidade. Jovem na aparência e velho na idade, aquele dia tão comum para muitos seria um dia de "pesquisas de campo" para o cientista intelectual. O mesmo deslocava-se em direção a uma praça local, o lugar estava cheio, adultos e crianças faziam atividades variadas com o intuito do puro e constante lazer.

O ciborgue cientista já tinha seu objetivo em mente, testar sua "experiência" em humanos, e sem perder tempo, logo começava a tomar um rumo em busca de uma cobaia perfeita. Crianças eram o alvo predileto do cientista, por diversos motivos óbvios e biológicos, encontrar uma ou duas crianças não seria de nenhum esforço em um local como esse...já encontrara uma.

Rapidamente o ruivo ia em direção a sua cobaia, mas quando chegastes perto... - Você! Espera ai! - Uma mulher repentinamente jogava-se na frente do cientista e logo em seguida levantava-se com um microfone apontado para o ruivo de olhos âmbar. - Chefia! Espera! - Gritava um homem que acabava de chegar em cena, este parecia cansado e estava transpirando muito, o mesmo começava a apontar uma enorme câmera para o ruivo de olhos âmbar.



- 3,2,1... - A mulher contava enquanto parecia estar arrumando seu cabelo, e logo depois se colocava em frente da câmera ao lado de Deep. O câmera-man levantava sua mão em sinal de afirmação, indicando que o aparelho em suas mãos estava ligado. - Olá para todos! Bem vindos de volta ao nossa reportagem popular sobre um assunto que ainda nos vêm a atormentar, a aposentadoria do Símbolo da Paz, eu sou Jéssica Carmont e você está assistindo a Musutafu TV! - Ela falava animadamente pelo microfone que segurava, logo depois direcionava sua atenção para o cientista que talvez não estivesse nada contente com aquilo.

- Meu caro jovem! Por favor, nos diga, o que você acha a respeito do trágico acontecimento envolvendo o nosso antigo herói número 1? Você sente-se seguro andando pelas ruas livremente? Quais seus sentimentos sobre isso? - Ela apontava novamente o microfone para o ciborgue cientista, mas dessa vez com a intenção de que o mesmo pudesse falar pelo objeto jornalístico.

Se Deep olhasse ao seus arredores, notaria que entre o aglomerado de pessoas teria uma dupla de super-heróis conversando com quem pareciam seus fâns, as celebridades estariam não muito longe do ruivo, mas também não estariam tão perto para ouvir o que ele falasse com os dois profissionais em sua frente.

Narração: 02

Uma situação um tanto inesperada acontecia com o ciborgue, afinal, não é todos os dias em que você tem a oportunidade de aparecer na TV mesmo que por um breve momento. Entretanto, o cientista parecia não esboçar nenhuma emoção extravagante diante daquilo, cortando a "entrevista" de maneira fria e rápida. - Oh... Obrigada pela participação... continuando! - A mulher parecia sem graça com a resposta do rapaz, talvez não estivesse acostumada com aquele tipo de atitude.

Todavia, por causa desse momento inoportuno, o cientista notando duas presenças mais interessantes abandonava seu alvo anterior - uma pobre criança - e ia em direção ao que parecia ser o novo alvo de seus experimentos... os super-heróis!

Aproveitando-se da distração dos mesmos, o ruivo aproximava-se de forma despercebida para os mesmos, aquele aglomerado de pessoas parecia realmente sufocar totalmente a atenção da dupla. Em um movimento ágil, ele conseguia injetar uma de suas drogas em um dos heróis ali presentes, entretanto - Ei! O que você está fazendo?! - O segundo percebia a ação estranha do cientista e rapidamente segurava o braço do mesmo, impedindo que a segunda dose fosse efetuada.

Como aquele indivíduo conseguiu prever seu movimento? O ciborgue ruivo poderia pensar em várias possibilidades - uma individualidade, pressentimento, sentidos aguçados - qualquer ideia seria plausível, no entanto, Deep teria outras coisas mais com o que se preocupar, a exclamação do herói chamava a atenção de todos os fãns e de algumas pessoas ali perto, incluindo a do herói infectado, não demoraria para a droga começar a fazer efeito e sua fase de testes em humanos começar.